Acontece que havia um mistério alguns compassos depois: essa pequena transição é completamente diferente na minha gravação favorita (Arrau), muito mais desconexa/modernista. E essa é apenas a divergência mais óbvia; muitas coisas soam *muito* diferentes.
Na verdade, existem duas versões principais diferentes, uma francesa e uma alemã. As editoras costumavam dar preferência à alemã, pois é a que possui o autógrafo preservado, mas a versão francesa é considerada a mais recente/definitiva desde... dois anos atrás.
Basicamente, por volta de 1845, a legislação internacional sobre direitos autorais era um tanto instável, então Chopin publicou simultaneamente na Inglaterra, França e Alemanha para garantir os direitos em todos os lugares e evitar a pirataria. Com exceção da França, ele manteve contato com a editora e fez diversas alterações posteriormente.
Esta é a versão que seus alunos tocaram, então tudo indica que é a versão final aprovada. No entanto, não há autógrafo e você terá que esperar até 2023 (!) para que uma grande editora tome a atitude radical de alterar o texto original — tudo explicado em ublog.henle.de/en/2023/10/09/…to bem documentada: https://t.co/xLVMmYeFPI


