Como fundador de uma empresa, participar pessoalmente do recrutamento é uma tarefa essencial que não pode ser terceirizada. O recrutamento é crucial porque as empresas precisam de talentos criativos e motivados. Idealmente, os primeiros membros da equipe devem ser "gênios" — autogerenciáveis, humildes, trabalhadores e excepcionalmente capazes — verdadeiros "construtores". Você pode precisar de um ou dois vendedores com boa comunicação na equipe, mas como fundador, você não pode supervisionar todos em cada detalhe, nem tomar todas as decisões sozinho. Os primeiros membros da equipe são como o "DNA" da empresa, e suas qualidades determinam diretamente a direção de desenvolvimento da empresa. Se o fundador não participa pessoalmente do recrutamento, mas delega essa tarefa fundamental a outros, ou até mesmo perde o poder de veto direto nas decisões de recrutamento, trata-se, sem dúvida, de um momento lamentável no desenvolvimento da empresa. Nesse ponto, a direção de desenvolvimento da empresa pode gradualmente se desviar da sua intenção original, e pode haver uma fase de "controle remoto". O julgamento e as escolhas de terceiros muitas vezes têm dificuldade em atender aos padrões do fundador. O momento crucial em que uma empresa realmente começa a mudar não é um número fixo de funcionários (como 20, 30 ou 40 pessoas), mas sim se o fundador ainda pode participar diretamente do recrutamento e da gestão de cada membro principal da equipe. Uma vez formada a equipe de gestão intermediária, surge um certo distanciamento entre o fundador e o negócio principal da empresa, e a capacidade de liderar diretamente a equipe de produto para alcançar avanços inovadores desde o início também se enfraquece. Portanto, os fundadores nunca devem terceirizar completamente o recrutamento. Embora muitos acreditem que isso possa ser feito por especialistas em contratação, penso que mesmo terceirizar parte do processo de recrutamento apresenta desafios significativos. Além das razões óbvias, há outro ponto fundamental que é facilmente ignorado: os melhores talentos geralmente só querem trabalhar com pessoas igualmente excelentes. Colaborar com pessoas menos capazes do que você pode impor uma "carga cognitiva" adicional a elas. Quanto maior for o número de pessoas na equipe que sejam menos capazes do que eles, maior a probabilidade de perceberem que deveriam ir para um lugar mais adequado ou fazer algo mais valioso. Em equipes verdadeiramente fortes, os membros se inspiram e se apoiam mutuamente. Todos estão ansiosos para demonstrar suas habilidades diante de colegas de equipe excepcionais, e essa competição saudável impulsiona toda a equipe a buscar a melhoria contínua. Existe um teste simples para verificar a qualidade de uma equipe: ao contratar novas pessoas, você deve poder dizer a elas: "Entrem no escritório da equipe, escolham qualquer pessoa aleatoriamente e conversem com ela por 30 minutos. Se nem você tiver uma boa impressão dessa pessoa, então não vale a pena trabalhar nessa empresa." Se, ao ouvir falar desse teste, você instintivamente se preocupar com a possibilidade de escolherem aleatoriamente alguém que você considere inadequado, então essa pessoa é justamente quem você precisa eliminar. Porque são precisamente esses indivíduos que irão impedi-lo de construir uma equipe de alto desempenho, onde os membros se valorizam e progridem juntos.
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