Com um custo superior a US$ 10 por mToks de inferência, parece plausível que a SpaceX consiga operar computação orbital de forma lucrativa, assumindo que consiga combinar a economia de lançamento da Starship com a infraestrutura de rede da Starlink. A questão mais complexa, na minha opinião, não é "isso pode gerar lucro?", mas sim "é mais barato ou mais escalável do que instalar a mesma quantidade de poder computacional no Texas?". As grandes incógnitas para mim são a disponibilidade/utilização da GPU e a arquitetura do satélite. Depende muito de falhas induzidas pela radiação, da redução de potência e de quanta redundância seria necessária (?); a arquitetura se resume às frações de massa dos painéis, radiadores, estrutura, blindagem e silício — ou seja, qual seria o formato do barramento computacional orbital "ideal platônico". 100 kW por satélite é incrível se ele pudesse ser mais enxuto, podendo chegar a 15-30 MW de computação por lançamento. Se considerarmos uma demanda exponencial por computação e uma expansão linear de data centers terrestres (energia, licenças, construção, etc.), a viabilidade da computação orbital se torna cada vez mais evidente com o tempo. Poucos estão em melhor posição para defender essa visão do que Elon Musk. Nesse cenário, podemos imaginar clusters de computação produzidos em massa, que podem ser lançados e alimentados com uma taxa de capacidade de aproximadamente 95%. A energia solar espacial surge como a maneira mais rápida de escalar. Resumindo: deixe o Elon cozinhar.
Hum