Edison estava certo. Fizemos um desvio de um século porque Nikola Tesla descobriu que era possível movimentar elétrons para cima e para baixo e alterar a voltagem com bobinas de ferro e cobre. Justo — em 1890, isso era bruxaria. Os transformadores eram a única maneira de alterar a voltagem, e o único truque que tínhamos era agitar o campo magnético a 60 Hz e torcer para que o ferro não saturasse. Mas esse mundo acabou. O silício reina agora. Semicondutores de banda larga — SiC, GaN, etc. — tornam a conversão de tensão em estado sólido. Sem partes móveis, sem tanques de óleo zumbindo. Podemos elevar, reduzir e inverter a tensão CC com conversores que praticamente não desperdiçam nada. Todas as cargas que importam — baterias, veículos elétricos, LEDs, computadores, servidores e acionamentos de motores modernos — já funcionam com corrente contínua (CC). A nova geração de energia solar e eólica também é CC — desperdiçamos bilhões convertendo-a de CC para CA e de volta para CC. Além disso, transformadores com bobinas de aço são fósseis industriais: monumentos de cobre de 4.500 kg com prazos de entrega de vários anos. Eles zumbem porque têm vergonha. Se estivéssemos construindo a rede elétrica moderna do zero, usaríamos corrente contínua do telhado até a central — tudo em estado sólido. Casas. Carros. Fábricas. Centros de dados. Navios. Bases. Sem rotores girando, sem potência reativa, sem bruxaria harmônica. Apenas elétrons limpos e disciplinados fluindo em uma única direção — como Deus, a física e Edison planejaram.
Estou brincando... a menos que
